segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Óbito dos partidos e das ideologias


No Brasil dos anos 50, era muito fácil você reconhecer, até visualmente, quem era a favor do comunismo e quem era a favor do capitalismo.

As duas correntes que concorriam pelo poder não eram apenas ideológicas, mas uma forma de vida.

Os comunistas acabaram derrotados e em 1964 os militares tomaram o poder no Brasil.

Clandestinamente, a disputa passou a ser entre os pró-regime militar, e os chamados revolucionários.

Esta luta durou até o fim dos anos 70. Já nos 80, ainda sob ditadura, a briga política no Brasil (e principalmente em Brasília, já que o voto para presidente ainda era indireto) era dos esquerdistas contra os direitistas.

Com a campanha diretas já e a volta da democracia, os esquerdistas formaram o partido dos trabalhadores, que lutavam contra os coronéis e empresários.

Antigos membros da Arena formaram o PDS, o PFL, o PL e demais partidos da oligarquia que lutavam para se manter no poder.

Depois da eleição de Fernando Collor, o PSDB, da social-democracia, ala dissidente do PMDB, chegou ao poder através do ex-teórico da esquerda, Fernando Henrique Cardoso. O Partido dos Trabalhadores, derrotado em duas eleições, virou oposição.

Era a renovação contra a continuidade. E em 2002 o PT finalmente chegou ao poder. 

E formou em torno dele um emaranhado fisiologista do tamanho do mundo, reunindo desde partidos comunistas, socialistas, liberais, progressistas, etc.

A oposição ficou a cargo do DEM, antigo PFL, e do PSDB, pero no mucho.

Daí vieram as eleições deste ano. Quais são os lados que estão disputando o controle da nação?

Quais os partidos que defendem a continuidade e, principalmente, quais defendem a renovação?

Exemplo muito feliz de Jânio de Freitas, na Folha de São Paulo deste sábado: 

a coligação que elegeu Eduardo Paes no Rio de Janeiro, tinha em torno do PMDB o PP de Paulo MALUF, antigo PDS, e o PSB, partido SOCIALISTA brasileiro. Todos apoiados pelo presidente Lula, do Partido dos TRABALHADORES.

Isso sem falar de Marcio Lacerda, em Belo Horizonte, apoiado pelo PSDB de Aécio Neves e pelo PT do prefeito Pimentel.

E o eleitor, pra que lado vai, se não há mais lados para escolher?

2 comentários:

Unknown disse...

Referente a política
apenas um comentario
eu sabia que o kassab venceria
era uma questão de realismo partidário
jamais o Alckimin conseguiria superar o carisma regional que o K. adquiriu neste pouco tempo...e a Marta..apesar de ser Pt depois doq ela fez com o CQC já era pra mim...ela relaxou e...se deu mal..
abraços

::celegato:: disse...

Se Ulysses Guimarães fosse vivo, além de zumbi, pela idade, daria um pau no nosso dedeta Lula. Seria 2 Jab's, 2 cruzados e 1 gancho na barba encachaçada de nosso ilustre companheiro.

Clonem Ulysses!

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